Roteiro completo de Copenhague

Copenhague, a capital da Dinamarca, está na lista das melhores cidades para se visitar em 2019 e, não exatamente por isso, foi uma das escolhidas para visitarmos neste ano. Na verdade, a cidade de Copenhague já era um sonho antigo. Também pudera, com tanta propaganda positiva que ouvimos sobre o país, não é de se admirar que ela esteja na listinha de muitos turistas. Nesse texto você vai ver uma sugestão de roteiro completo de Copenhague. 

Mas o que é que a capital da Dinamarca tem? Além de ser modelo de cidade sustentável, ter altos índices econômicos, segurança, igualdade entre gêneros e menor índice de corrupção, por consequência ela tem o povo mais alegre, talvez exatamente pela satisfação em morar em uma cidade onde o poder público realmente funciona.

Os moradores estão bem felizes, mas e os turistas? Esses talvez não 100%, pois Copenhague é uma cidade cara e você acaba gastando um pouco mais que a média em outras cidades europeias, mas nada que te impeça de ser feliz. Aliás, fomos muito felizes e acho que não gastamos muito. O susto inicial é grande, mas você vai encontrando alternativas e tudo se ajeita. A moeda oficial é a coroa dinamarquesa e na cotação atual 1 coroa equivale a R$0,58.

Qual a melhor época?

Com certeza o verão, pois as temperaturas na Dinamarca não costumam ser tão agradáveis. Em segundo lugar a primavera, quando os jardins ainda estão verdes e, com sorte, você pega ótimas temperaturas também. Fomos na segunda quinzena de abril e pegamos dias maravilhosos na primavera. Nos 4 dias que ficamos por lá, a temperatura ficou sempre acima de 20ºC, o que não é exatamente o previsto para essa época.

Veja também: 12 dicas para organizar a sua primeira viagem internacional

Como se locomover

Com a temperatura agradável e os altos preços (e também com a nossa qualidade de sermos amantes de uma boa caminhada), decidimos fazer tudo a pé. Só usamos o transporte público no deslocamento entre o aeroporto e o hotel. Então vou deixar aqui a indicação do post da Laura, do Blog 7 Cantos do Mundo, que explica direitinho como funciona o transporte público em Copenhague. 

Do aeroporto de Copenhagen para o centro

Na chegada, usamos o metrô para sair do aeroporto e ir até o nosso hotel (que ficava no bairro de Amager Vest). Mas na volta, pedimos um táxi com 6 lugares (estávamos em um grupo de 5 pessoas) e pagamos praticamente o mesmo valor que gastamos com o metrô, com a diferença de ser muito mais cômodo. Em um outro post, eu explico melhor como ir do aeroporto de Copenhague para o Centro e conto outros detalhes, como o fato de não ter Uber em Copenhague. 

Seguro viagem é obrigatório

Viajar para a Dinamarca é caro, mas pode ficar ainda mais se tiver algum imprevisto e você não tiver um seguro viagem. O seguro viagem para Europa é obrigatório e ele pode ser exigido no momento da imigração. “Ah, mas eu já fui sem e não me pediram”. Sim, acontece mesmo, mas quando pedirem e você disser que não tem você pode ter a entrada negada. Então melhor não pagar para ver e ficar protegido no caso de algum incidente. Indicamos o seguro da Real Seguro, que já usamos e nunca tivemos problema.

Onde se hospedar

Um roteiro completo de Copenhague precisa de dicas de hospedagem. Fiz um post específico e bem detalhado apontando onde ficar em copenhague, listando as hospedagens com melhor custo-benefício dentro de cada perfil de turista. Se é viajante solo, casal, família, se busca economia, etc. Então dá uma olhada lá, porque apesar de ter gostado muito do apartamento onde nos hospedamos, sei que ele não se encaixa no que muitos turistas precisam, então fiz um apanhado geral sobre todos os tipos de opções de hospedagem em Copenhague.

De Copenhague para Suécia

Geralmente o roteiro de uma viagem à Copenhague é feito em conjunto com outros países da Escandinávia, como Noruega e Suécia, até pela proximidade. De Copenhague a Malmo, na Suécia, por exemplo, são 20 minutos de carro. Também é possível ir de trem e também tem a opção do tour guiado que dura 6h no total e além do transporte e guia, ainda inclui um lanche em Malmo. Muitos também combinam como uma viagem a Oslo, na Noruega, inclusive, deixo aqui a indicação de um post do blog Viaje Leve, sobre o que fazer em Oslo.

De Copenhague a Estocolmo não é tão próximo assim, mas dá para fazer o trajeto de trem, ferry ou avião. E também nada impede que você combine a viagem à Dinamarca com outros destinos da Europa. Nós, por exemplo, fizemos Londres, Copenhague e Dublin em 15 dias.

Quanto tempo ficar

Embora tenha atrativos para muitos e muitos dias, considero três dias inteiros um tempo bom para conhecer bastante da cidade. Mas se você gosta de explorar em detalhes e fazer passeios guiados em castelos, por exemplo, talvez seja pouco, pois há muitas dessas opções e as visitas tomam um tempo considerável do roteiro. Nós fizemos o roteiro de 3 dias, mas não fizemos a visita guiada de nenhum castelo, por exemplo, mas também não fizemos nada correndo.

Que chip usar

Geralmente em nossas viagens, compramos um chip com pacote de dados de alguma operadora do país que visitamos. Mas nessa viagem testamos um serviço que achei sensacional, o roteador portátil da Rent’n Connect. É um dispositivo móvel pequeno, que cabe no bolso, te deixando conectado a uma rede Wi-Fi durante o dia todo e em qualquer canto da Europa. Falei mais nesse outro post sobre como ter wi-fi portátil e ilimitada durante viagem pela Europa.

O que fazer em Copenhague

Vou deixar aqui algumas dicas para você montar o seu roteiro em Copenhague de acordo com a quantidade de dias que tem para explorar a cidade e o seu interesse nos atrativos. E antes de lista-los, vou explicar sobre o Copenhagen Card, que é um cartão que você paga um preço x para um determinado período você ter acesso ilimitado a praticamente todos os atrativos turísticos, transporte público e ainda desconto em alguns restaurantes.

Você pode comprar o de 24h, por exemplo, usar o primeiro dia para mapear todos os atrativos que você deseja entrar e fazer estes em um dia. Melhor que comprar o de 48h, mas acabar usando de verdade em um só dia. Enfim, recomendo porque já inclui o transporte público, que por si só já é bastante caro em Copenhague. O cartão custa R$250 pelas 24h ou R$373 pelas 48h para adulto. Também há opções para 72 ou 120 horas e dá para comprar em reais por aqui.

Outra grande vantagem é que com o Copenhagen Card você tem prioridade nas filas dos atrativos. Parece caro, mas abaixo relaciono os preços dos atrativos e você vê o que pretende entrar e avalia se vale ou não a pena para seu roteiro. Vou listar os atrativos de forma que um possa ser feito na sequência do outro, pela proximidade.

Parque de Diversões Tivoli ou Tivoli Gardens – O ingresso para entrar no parque custa 140 coroas (aproximadamente R$80), mas para brincar nos atrativos, é preciso comprar outro passe. É um dos pontos mais turísticos de Copenhague. Mais que um parque de diversões, é um parque fechado para lazer com a família. Alí dentro há jardins minuciosamente cuidados, restaurantes, lanchonetes e muitos brinquedos. É um dos parques de diversões mais antigos do mundo e dizendo que foi o que inspirou Walt Disney na construção da Disneyland.

Torre Redonda ou Rundetaarn

Ingresso custa 25 coroas (aproximadamente R$17). É uma das principais atrações de Copenhague. Fica bem no miolo do centro histórico da cidade, o que torna a vista do alto dos 37 metros ainda mais interessante. Não à toa, a torre foi construída para abrigar um observatório astronômico no século XVII e que hoje é o mais antigo em atividade na Europa. Em outro post falei mais sobre a Torre Redonda, que é uma opção de vista panorâmica em Copenhague. 

Castelo de Rosenborg – Ingresso custa 110 coroas (aproximadamente R$65). O castelo já foi residência de verão dos reis da Dinamarca e hoje fica bem no meio da cidade, dentro de um parque maravilhoso e bem próximo de uma das regiões mais movimentadas da cidade. Aqui nessa área há alguns museus que a entrada também está inclusa no Copenhagen Card. E se gosta de uma visita guiada, pode contratar uma por aqui. 

Igreja de Mármore ou Frederik’s Church – Entrada gratuita. Fica bem próxima do Palácio de Amalienborg e impressiona pela arquitetura, as cores, o tamanho. Demorou mais de um século para ser construída. Fica aberta apenas até as 17h.

Palácio Real na Praça Amalienborg – O ingresso custa 95 coroas (aproximadamente R$55). Nessa praça há quatro prédios e muitos guardas reais. É um complexo com os prédios que formam o palácio e, no meio, a estátua do Rei Frederik em um cavalo. em troca da guarda todos os dias ao meio dia e apenas um dos prédios é aberto a visitação. Se prefere, aqui também há a opção de visita guiada.

Canal Nyhavn

Definitivamente o cartão postal de Copenhague. O canal, as casinhas coloridas, os inúmeros bares e restaurantes e o clima eterno de happy hour fazem o local único. É daqui que saem os passeios turísticos de barco pelos canais de Copenhague. Geralmente tem 1h de duração. Tem também a opção de um barco no estilo dos ônibus Hop On Hop Off, que tem algumas paradas fixas e você desce ou sobe por elas quantas vezes quiser em um período de 48h. Custa R$65 e é uma opção para fazer o um passeio pelos canais, ver a cidade por outro ângulo e ainda fazer o deslocamento entre um ponto e outro.

Voltando ao Canal Nyhavn, que é uma das regiões símbolos de Copenhague, aqui você encontra restaurantes com preços acima da média e o que os moradores costumam fazer é comprar uma cerveja no mercado e tomar alí mesmo sentado na muretinha, apreciando o pôr do sol. Ou seja, não precisa ir à falência para curtir o local.

Palácio de Christianborg – O ingresso custa 60 coroas (aproximadamente R$35). Em um tour pelo Palácio você visita apenas as estâncias reais. A parte do parlamento não são abertas ao público. Já o mirante, que é a torre mais alta da cidade, tem acesso gratuito por um elevador. Se preferir, é possível fazer um tour guiado pelo palácio.

Kastellet

Entrada gratuita. É uma fortaleza construída em formato de estrela, sendo as cinco pontas cercadas por água. Nesse local há paisagens lindas para fotos, tanto dentro quanto do lado de fora. Lá dentro há alguns prédios com tijolos vermelhos que eram usados para armazenar armas e mantimentos. O Kastellet tem dois portões de acesso, o Portão Rei, que fica na parte sul da cidade, e o Portão Noruega, na ponta norte. O ideal é entrar pelo sul, já que você estará vindo da cidade, e sair pelo lado norte, e você já sai do ladinho do próximo atrativo.

Pequena Sereia – Saindo do forte e seguindo para o mar, você encontra a estátua da Pequena Sereia. Apesar de atrair muitos turistas, não tem muito o que ver. É uma estátua em cima de uma pedra. A escultura representa o personagem de um dos contos de Hans Christien, escritor dinamarquês famoso também pelo Soldadinho de Chumbo e o Patinho Feio. Na história, a Pequena Sereia deixa o mar após se apaixonar por um príncipe.

Comunidade Christiania

Entrada gratuita. Aqui nesse outro post explico porque Christiania é um mundo paralelo dentro de Copenhague. É uma comunidade conhecida como “cidade livre” e que fica em uma região central da cidade, funciona com leis próprias há 40 anos. O bairro não é exatamente fechado e turistas e outros visitantes são bem vindos, desde que não usem suas câmeras. Se preferir um tour guiado, explicando todas as curiosidades sobre o bairro, recomendo esse aqui.

Catedral de Nosso Salvador ou Vor Frue Kirke – A entrada custa 35 coroas (aproximadamente R$23). A igreja é vista a partir de vários pontos de Copenhague e não à toa estampa muitos cartões postais. Ela se destaca pelo estilo barroco, com um marrom escuro e detalhes em dourado na torre em espiral. Subir no topo da catedral pode não ser uma tarefa tão simples para quem tem dificuldade de locomoção, pouco preparo físico, vertigem ou claustrofobia. Mas lá em cima a vista é sensacional. Contei aqui nesse outro post como é a vista da torre da Igreja Nosso Salvador.

Fabrica da Carlsberg – Esse era um outro ponto que gostaríamos de ter visitado, mas o tour estava em manutenção em abril de 2019, quando estivemos em Copenhague. Enquanto isso, dá para visitar apenas a loja de fábrica.

Onde comer em Copenhague

Se o orçamento estiver apertado, comer em Copenhague pode parecer difícil, pois os preços são realmente acima da média e por isso os próprios moradores não tem o costume de sair para comer. Uma opção é comprar algo no mercado para o café da manhã, por exemplo, caso esteja hospedado em um local que ofereça espaço para isso. Dos que comemos só indico o restaurante italiano Ponte Vecchio, mas que nem fica em uma parte muito turística da cidade. Então vou deixar aqui a indicação de um post da Ludmilla, do Blog Farrabadares, que já morou em Copenhague e fez um lista de 10 lugares para se comer em Copenhague com dicas de restaurantes que ela costumava frequentar.

Tem alguma dica que deveria estar aqui nesse roteiro completo de Copenhague? Conta para gente aqui nos comentários. 

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