Mochilão pela América do Sul: a passagem por Sucre
Sucre, na Bolívia, é uma cidade linda e foi o local que escolhemos para nos aclimatar à altitude antes de seguir para o nosso primeiro grande destino desse mochilão de 25 dias pela América do Sul, o Salar de Uyuni. Tiramos dois dias para ficar andando despretensiosamente pelas ruazinhas históricas de Sucre, sem pressa. A cidade está localizada à 2750 m de altitude e é conhecida na Bolívia como a “cidade branca”. Foi o berço de grandes revoluções e onde a Bolívia emergiu como nação.
Partimos de Santa Cruz de la Sierra com destino a Sucre de avião, considerando que já havíamos lido diversos relatos negativos sobre a longa e perigosa viagem de ônibus. Achamos que não valia a pena. Compramos as passagens com alguns meses de antecedência pela internet e pagamos um valor baixo (353 bolivianos com as taxas – R$123) pela Boa, companhia aérea boliviana.
O voo partiu às 8h e pouco mais de meia hora depois já estávamos em solo. Como tínhamos data definida para chegar na cidade, também já havíamos feito a reserva do hostel ainda no Brasil, pelo Booking. O La Escondida Hostal fica muito bem localizado, próximo aos principais pontos turísticos e, sem dúvida alguma, foi o melhor hostel de toda a viagem. Conseguimos fazer o check-in de manhã e depois de devidamente instaladas, fomos conhecer o centro histórico.
Minha primeira impressão (que é a que fica) é a de uma cidade extremamente limpa e organizada, com jardins impecáveis, prédios históricos super bem preservados e com fachadas imponentes. Como em toda a Bolívia, porém, o trânsito é super caótico. Em compensação, há algo que achei interessante. É que nos horários de pico, eles investiram em educação de trânsito. Algumas zebras ficam nas faixas de pedestres parando os veículos e ajudando as pessoas a atravessar. Bem legal!
Compras
À noite fomos ao mercado central, que ficava bem em frente ao hostel e aproveitamos para comprar alguns agasalhos, gorros, luvas e cachecóis. Tínhamos recebido notícias de que as temperaturas do Salar de Uyuni chegavam ao negativo nessa época do ano. Melhor nos prevenir. O mercado tem de tudo um pouco, além de roupas e acessórios, é possível encontrar comidas, brinquedos e até eletrônicos.
Parque Cretácico
No segundo dia de Sucre, fomos ao Parque Cretácico. Ele fica no local onde existe uma pedreira de calcário, a partir da qual foi descoberto um importante sítio arqueológico com vários fósseis e pegadas de diferentes espécies de dinossauro. Geralmente tem um ônibus turístico que parte da Catedral Metropolitana, mas na data da nossa visita ele não estava operando. Como é mais afastado da cidade, negociamos com um taxista, que ficou nos esperando por uma hora, até o nosso retorno.
No parque, é possível aprender um pouco mais sobre essas espécies e visualizar os fósseis. Tem um paredão imenso que foi erguido há milhares de anos onde podemos ver diferentes tipos de pegadas. A entrada no parque custa 30 bolivianos para estrangeiros e 10 bolivianos para nativos.
Castillo de la Glorieta
Depois do Parque Cretácico, o mesmo taxista nos levou ao Castelo de la Glorieta. A entrada custa 10 bolivianos. O local pertencia a uma importante família aristocrática de Sucre que se destacava por cuidar de crianças abandonadas. Atualmente, funciona como elemento da história da cidade. Apenas eu e Polly resolvemos entrar no Castelo, enquanto as meninas ficaram no aguardando do lado fora. O castelo é bem legal e preservado, tem uma atmosfera única, porém, está completamente vazio, sem nenhum móvel. É possível apenas visitar os cômodos e isso é um pouco decepcionante. O taxista nos cobrou 50 bolivianos para nos levar nos dois passeios.
Como tínhamos pouco tempo, não deu para conhecer muito, mas recomendo a leitura do post do Henrique, do Blog A pé no mundo, onde tem um post mais completo sobre o que fazer em Sucre.
À noite, pegamos nossas mochilas e fomos direto ao terminal rodoviário, onde pegamos o ônibus com destino à Uyuni, às 20h. Lemos em alguns blogs que havia uma parada em Potosi, mas há ônibus direto também com a empresa Trans 6 de Octubre. Pagamos 70 bolivianos pela passagem que foi adquirida no próprio terminal rodoviário, pela manhã. No próximo post, conto como foi nossa chegada à Uyuni, o portão de entrada para o tão esperado Salar.
Informações adicionais
Esse post faz parte da série “Mochilão pela América do Sul: Bolívia, Chile e Peru“. Não deixe de conferir todos os outros posts publicados:
– Mochilão de 25 dias pela América do Sul: Bolívia, Chile e Peru
– O primeiro dia no Salar de Uyuni
– O segundo dia no Salar de Uyuni
-O terceiro dia no Salar de Uyuni
– Arequipa
Ola, gostaria de saber em quanto tempo se leva para fazer o passeio no sítio arqueológico, mais ou menos.
Estou indo para a Bolívia em Fevereiro/2016, gostei das suas dicas! Posts recentes ajudam muito.
Obrigado.
Oi João Henrique. Nós gastamos aproximadamente 1:30. Na entrada do parque os funcionários nos direcionaram para uma salinha onde foi passado um filme sobre os dinossauros explicando sobre as famílias, os registros fósseis e como o sítio foi encontrado. Depois o guia vai nos contando um pouco sobre cada espécie, mostrando os fósseis e pegadas ao longo do sítio. A pedreira é bem pequena, mas é interessante.
Pingback: Mochilão pela América do Sul: San Pedro do Atacama | Across the Universe
Pingback: Across the Universe | Mochilão de 25 dias pela América do Sul: Bolívia, Chile e Peru - Across the Universe
Pingback: Across the Universe | Mochilão pela América do Sul: Copacabana e La Paz - Across the Universe
Pingback: Across the Universe | Mochilão pela América do Sul: Cusco e Machu Picchu - Across the Universe
Pingback: Across the Universe | Mochilão pela América do Sul: a chegada em Uyuni - Across the Universe
Pingback: Across the Universe | Mochilão pela América do Sul: Salar de Uyuni – 2º Dia
Gostaria de receber informações sobre esses trajetos para viajar de motocicleta
Oi, Enilton. Não fizemos essa viagem de motocicleta, então fica mais difícil passar informações específicas.
Boa tarde,
Gostaria de saber se é tranquilo ir de sucre ate uyuni de onibus, e se tem uma maneira de comprar a passagem pela internet.
É sim, Carla. Nesse outro post aqui (https://acrosstheuniverse.blog.br/salar-uyuni-deserto-do-atacama-logistica-ideal/) explico que fizemos esse trecho. Na verdade o inverso. De uyuni para Sucri. Foi pela empresa 6 de Octubre e compramos adiantado pelo site Tickets Bolivia.