A visita ao Palácio da Pena, em Sintra | Portugal

O Palácio da Pena, localizado em Sintra, é uma das 7 maravilhas de Portugal e, não à toa, é um dos pontos mais visitados por turistas. Afinal, é um dos 5 melhores palácios de Portugal para se visitar. Então descubra nesse post porque o local é tão interessante, o que ver por lá, como chegar e quanto custa a visita.

O que ver por lá

O Palácio da Pena fica no topo de uma montanha e a vista de lá por si só já vale uma visita. No entanto, o local tem muito mais para ser visto. Antiga residência de verão da família real portuguesa, o Palácio da Pena também já serviu de sede para um mosteiro e, antes disso, era uma capela. 

Eu destacaria 3 pontos altos da visita ao Palácio da Pena: a riqueza histórica, a arquitetura e o contato com a natureza. Veja mais sobre cada um deles abaixo. 

História

Ainda no século XII, foi erguido no local uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. Posteriormente, D. Manuel I pediu que construíssem um mosteiro no local, o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena. Durante um terremoto, em 1755, o mosteiro ficou em ruínas, mas foi reconstruído e funcionou por muitos anos até ser entregue à Ordem de São Jeronimo. 

Anos depois, o rei consorte, Dom Fernando II, segundo marido da Rainha D. Maria II, adquiriu o espaço e o transformou em um palácio conhecido como a residência de verão da família real portuguesa. 

Arquitetura

Entusiasmado com o espaço, Dom Fernando II convidou o Barão Wilhelm Ludwig von Eschwege, arquiteto alemão para comandar o projeto do palácio. Dalí surgiu uma mistura de diversos estilos arquitetônicos, incluindo o neogótico, o renascentista e o indiano. O objetivo era um palácio romântico.

Com cores vibrantes predominantemente vermelho e amarelo e muitos azulejos, o Palácio da Pena tem um visual no mínimo diferente. Em resumo, o que antes era o mosteiro foi transformado nos aposentos reais e um anexo foi construído para funcionar como salão de visitas e eventos.

Então a estrutura em vermelho e amarelo corresponde ao que ficou conhecido como Palácio Velho e o prédio de azulejos seria o anexo referente ao Palácio Novo. 

Natureza

Boa parte do interesse de Dom Fernando II no palácio era por conta do espaço de área verde ao redor. O Parque da Pena tem 85 hectares e, de acordo com o esforço do rei, há espécies de plantas nativas de todos os continentes. 

Destacam-se as coleções de camélias asiáticas, mas talvez não seja tão admirável aos seus olhos, já que os caminhos sinuosos levam a lagos, caverna, fontes, grutas, pontes e até mesmo um chalé – além de 2 mil árvores.  

Ou seja, não é apenas o palácio que encanta, mas o conjunto da obra que engloba o prédio romântico e colorido com um jardim surpreendente. 

O que ver dentro do Palácio da Pena

Você se impressiona com a conservação do local. Ainda é possível ver o claustro do antigo convento, totalmente preservado, assim como a antiga capela. 

Na residência real, tudo foi deixado como se ainda vivessem no local. Dá para visitar quartos, banheiros, cozinha, salão nobre, gabinete do rei, sala de porcelana e o pátio dos arcos, de onde é possível avistar o mar.

O que ver de fora – no Parque da Pena

Já do lado de fora, no Parque da Pena, você vai gastar um pouco do fôlego e do seu tempo para explorar bem o local. Por lá você vê o Vale dos Lagos, a Fonte dos Passarinhos, a Gruta do Monge, o Vale das Samambaias, o Jardim das Camélias, e a Cruz alta. 

Se acha que não consegue ver tudo (afinal, esses e outros atrativos estão espalhados nos 85 hectares do parque), sugiro que siga o caminho que leva ao Chalé da Condessa de Edla (o ponto alto do parque) e vá apreciando o que encontrar por essa trilha.

A cantora de ópera, Elise Hensler, a Condessa d’Edla, foi a segunda esposa de Dom Fernando II. O chalé foi um projeto sonhado pelos dois, como local de refúgio do casal. Por dentro, é bem interessante. Mas por fora é ainda mais. O chalé tem um aspecto meio cênico, parecendo coisa de filme mesmo. 

O prédio tem um revestimento de madeira na área externa e decoração feita de cortiça, forrando as molduras das portas e janelas e imitando troncos de árvore presos às fachadas, que dão suporte às trepadeiras.

Como chegar no Palácio da Pena

O Palácio da Pena fica no topo de uma montanha da cidade de Sintra, distante 30 km de Lisboa. É possível ir de carro próprio, transporte público e transfer. 

Carro: Com carro pode ser um pouco complicado para estacionar no local, pois há poucas opções de estacionamento. Além disso, em alguns dias, a subida de carro particular é proibida, liberando apenas o acesso dos ônibus, carros de agência e uber. 

Transporte público: A partir da estação Rossio ou Restauradores, em Lisboa, você pega o trem (chamado de comboio em Portugal) que vai até a estação de Sintra. Lá você pega um ônibus (chamado de autocarro) de número 434 que faz o Circuito da Pena e para em frente a entrada do Palácio da Pena.

Transfer: A última opção é comprar um tour (privado ou em grupo) que sai de Lisboa. Geralmente eles oferecem tours de meio dia e de um dia inteiro e que combina com a visita a outros atrativos, como o Castelo dos Mouros, que está logo ao lado. 

De todo modo, do portão de entrada até o Palácio, você ainda precisa subir uma ladeira desafiadora. Para fugir dela, há a opção do transfer oferecido pelo palácio ao custo de 3 euros por pessoa.  

Ingressos

Você pode comprar o ingresso antecipadamente no site ou na hora, em um dos totens instalados no local. Lá você tem a opção de escolher se quer o ingresso para visitar o parque (ou seja, só a parte externa) ou o parque + palácio. 

Na hora de comprar o ingresso, você também escolhe incluir ou não o transfer até a porta do palácio (recomendo para idosos e pessoas com dificuldade de locomoção). 

Crianças de até 6 anos não pagam o ingresso para entrar no Palácio da Pena. Jovens de até 17 e idosos têm um pequeno desconto e adultos pagam inteira, que custa aproximadamente 13 euros (pode variar conforme a época do ano). E você pode também adquirir um dos passeios da Civitatis, já garantir o ingresso (e fugir da fila imensa que forma na porta), pagando em reais e fugindo do IOF pelo site da Civitatis. 

O Palácio da Pena abre para visitação todos os dias de 9h às 18h. Outros prédios históricos que merecem sua visita na região: Palácio Queluz, Palácio Montserrat e Quinta da Regaleira.

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