Cachoeira Canguçu e Gruta do Diogo, em Serranópolis
A Cachoeira Canguçu, também conhecida como Cachoeira do Diogo, e a Gruta do Diogo, anexa a ela, e considerada como um dos principais sítios arqueológicos das Américas, são alguns dos atrativos de ecoturismo de Serranópolis. O município localizado no sudoeste goiano, a 377 km de Goiânia, possui um grande potencial turístico, mas ainda pouco conhecido e explorado.
Entre os atrativos naturais também se destaca a Pousada das Araras, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural instituída em 1998. No local há paredões com pinturas rupestres e um aquário natural espetacular, de água azul cristalina. Em um outro post, relatei como foi conhecer nossa história através das pinturas rupestres.
Como chegar na Cachoeira Canguçu e Gruta do Diogo
A Cachoeira Canguçu e a Gruta do Diogo ficam na área rural de Serranópolis, no interior de uma propriedade particular, a Fazenda Casa Branca. O acesso é feito pela GO-060, entre Jataí e Serranópolis. Desse modo, é preciso percorrer 17 km de estrada de chão.
A cachoeira possui cerca de 50 m de queda e o seu primeiro encontro com o visitante ocorre por cima. De lá se tem uma vista incrível.
Dessa forma, deixamos o carro na sede da fazenda e percorremos uma pequena trilha, pelo pasto, até chegar na borda do paredão.
Seguindo a trilha a pé, paralela ao vale por onde deságua a cachoeira e a jusante da queda, há uma porteira. Depois dela, inicia-se a trilha dentro da mata ciliar que leva até a Gruta do Diogo. Em seguida, chega-se até a base da Cachoeira do Canguçu, que forma um poço bem pequeno e raso.
Sítios arqueológicos
A Gruta do Diogo consiste em dois sítios arqueológicos denominados de Gruta do Diogo I e II. Esses sítios eram usados no passado como abrigos por grupos caçadores-coletores. Alí há registros de uma grande quantidade de cerâmicas, gravuras e pinturas rupestres.
Além disso, em 1996, arqueólogos descobriram no local um dos mais importantes registros de fósseis humanos. A descoberta ficou conhecida como “Homem da Serra do Cafezal” ou “Zé Gabiroba” e ganhou grande notoriedade na mídia. O fóssil foi datado em cerca de 11 mil anos AP (antes do presente) e evidencia uma das mais antigas ocupações do homem no Cerrado. Os seus fragmentos estão depositados no Museu Histórico de Jataí, na cidade de Jataí, Goiás
Desde a descoberta dos sítios, vários estudos foram feitos na área. Além disso, o turismo arqueológico, ainda pouco difundido no Brasil, foi incentivado pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ainda assim, nota-se que o local ainda é pouco conhecido, inclusive pelos habitantes da região. Do mesmo modo, as pinturas estão pouco preservadas, seja por fatores naturais ou antrópicos. Já o sítio não é muito bem sinalizado, necessitando de algumas ações de reparo e manutenção.
Precisa de guia?
A maioria das visitas ocorre de maneira independente e informal, o que infelizmente pode contribuir para a degradação dos sítios arqueológicos. Dessa maneira, como norma, a visita deve ser com um condutor local.
Entrando em contato com a ACOTES – Associação de Condutores de Turismo de Expedição de Serranópolis, é possível saber mais informações sobre os guias e os atrativos turísticos de Serranópolis, que integra a região turística denominada Pegadas do Cerrado.
Na volta, sugiro de brinde, darem uma passadinha nessa pequena cachoeira localizada a montante da Cachoeira Canguçu, que não sabemos o nome. É uma delícia tomar banho nela.
Sugestão de hospedagem
Caso vá se hospedar em Serranópolis, uma boa opção é o Op’s Hotel, que é todo moderninho e tem uma excelente estrutura.
Contatos:
ACOTES – Associação de Condutores de Turismo de Expedição de Serranópolis
Tel: (64)3668-1114/ Cel: (64) 9998-8309 E-mail: serranopolis@gmail.com