Uma visita ao Museu Inhotim, em Brumadinho
O Instituto Inhotim funciona há 14 anos e ainda mantém o título de maior museu a céu aberto do mundo. Com 140 hectares e mais de 500 obras de arte em exibição, o acervo é avaliado em mais de R$ 2 bilhões. Ao todo são 19 galerias permanentes e quatro temporárias no Museu Inhotim, em Brumadinho.
Algumas das exposições são feitas ao ar livre em um ambiente deslumbrante, onde as obras de arte dialogam com jardins. Na minha humilde opinião, é um atrativo singular. É uma espécie de museu no meio de um Jardim Botânico. Não há nada nem parecido para se comparar ao Museu Inhotim, em Brumadinho.
Não a toa, o Instituto se consolidou como referência internacional projetando o estado de Minas Gerais para o mundo. Hoje o espaço reúne obras de 85 artistas de 38 diferentes nacionalidades. São esculturas, fotos, vídeos, pinturas, desenhos e intervenções que surpreendem os visitantes. Do mesmo modo, as crianças também se encantam com as salas de estímulos sensoriais.
Por outro lado, a estrutura impecável do Museu Inhotim, em Brumadinho, vai além das galerias de arte. O instituto conta com bons restaurantes, lanchonetes, vários banheiros espalhados pela área, monitores, excelente limpeza e conservação. O estacionamento do local é amplo e gratuito.
Tempo ideal para a visita a Inhotim
Dois dias é um bom tempo para conhecer o museu. Quando li essa recomendação, achei que era balela e reservei apenas um dia. Mas, uma vez lá, percebi que eu tinha errado feio, já que era meu último dia de viagem e realmente não dava para mudar a programação.
É repetitivo dizer o quanto o lugar é incrível, mas apenas gostaria de reforçar a ideia de que o conteúdo do museu te deixa realmente vidrado, mesmo não sendo um expert em obras de arte, como é o meu caso. Então considere a ideia de realmente precisar de mais tempo para digerir tudo o que o museu tem a oferecer.
O ideal é se hospedar em um dos vários hotéis em Brumadinho. Aliás, alguns deles, com excelente estrutura. Dá uma olhadinha aqui nos hotéis próximos ao Museu Inhotim. Recomendo o Hotel Fazenda Horizonte Belo e a Pousada Boutique Villa Rica.
Como visitar o Museu Inhotim
Agora que você já sabe que é grande e que precisa de tempo para conhecer o Instituto, não seria surpresa se eu dissesse que você precisa também de disposição, não é mesmo? Mas, ainda assim, eu recomendo um grande aliado na sua visita: um carrinho meio parecido com aqueles dos campos de golfe.
Para ter acesso a ele, você precisa pagar R$ 30 a mais na hora de comprar o ingresso. O carrinho é gratuito para pessoas com deficiência (e um acompanhante) e crianças de até 5 anos. E não precisa ter receio de parecer um preguiçoso ao optar por usá-lo. As distâncias são realmente grandes e você ganha tempo.
O carrinho funciona como um ônibus circular e passa a cada 15 minutos nas paradas indicadas no mapa do museu. Aliás, esse é um item indispensável, que você pega logo na recepção. Sem ele, você pode ficar bem perdido.
As várias trilhas do museu
Para otimizar o tempo, a dica é focar em uma trilha (ou eixo) de cada vez. São três: amarelo, laranja e rosa. A maior delas, a laranja, tem como primeira parada a galeria da artista Adriana Varejão. Em um prédio moderno, do lado de fora um espelho d’água em contraste com o verde das árvores. Lá dentro esculturas que parecem tripas dentro de azulejos. A inspiração? O desabamento do Hotel Linda do Rosário no Rio, em 2002.
Já no Eixo Rosa, destaque para a instalação da artista japonesa Yayoi Kusama, famosa pela obsessão por bolinhas. Em sua obra, intitulada Narcissus Garden Inhotim, ela espalhou 500 esferas de aço em um espelho d’água.
Algumas áreas foram inauguradas após a tragédia de Brumadinho, quando o rompimento de uma barragem tirou a vida de pelo menos 230 pessoas. Uma delas é o espaço Sombra e Água Fresca, que tem uma proposta multissensorial. Os visitantes podem colher e comer diversas frutas cultivadas alí, entre elas mangas, bananas e jabuticabas.
Fora dos eixos, o Instituto também oferece outras atrações como shows, apresentações de dança e performances teatrais. Então ao programar sua visita, consulte a programação no site do Instituto.
Ingressos e horários
O ingresso do Museu Inhotim custa R$ 44. Às quartas-feiras a entrada é gratuita, mas é preciso reservar o ingresso com antecedência aqui. Crianças de até 5 anos não pagam e aquelas com idade entre 6 e 12 pagam meia entrada, assim como estudantes, professores e idosos.
O Instituto abre de terça a domingo nos respectivos horários: de terça a sexta, das 9h30 às 16h30, sábados, domingos e feriados das 9h30 às 17h30.
Como chegar ao Museu Inhotim, em Brumadinho
O Museu Inhotim, fica em Brumadinho, a 60 km do centro de Belo Horizonte e a 90 km do Aeroporto de Confins. Para chegar até lá você tem a opção de ir de táxi, transfer, ônibus ou carro.
Nós optamos por alugar um carro pela comodidade e pelo valor, já que pagamos pouco mais de R$100 na diária do carro. Como estávamos em duas pessoas, vimos que gastaríamos mais que isso optando por um transfer, ônibus ou táxi (veja os valores logo abaixo).
Então reservamos o carro pelo site da RentCars, que faz uma busca dos preços de todas as locadoras da região e valeu super a pena. Pegamos a BR 381 sentido Betim e não teve erro. A saída para Brumadinho é bem sinalizada.
Se optar pelo táxi, vai precisar desembolsar em média uns R$200 pelo trecho. Algumas empresas oferecem transfer de ida e volta ao museu por R$65 (por pessoa) em Van compartilhada. No entanto, o horário de ida e volta é fixo.
Mas de ônibus não é mais barato. A empresa Saritur tem uma rota que sai diariamente da Rodoviária de Belo Horizonte e leva até o Museu Inhotim, em Brumadinho. Eles cobram R$ 41 pelo bilhete de ida e R$37 pelo de volta.
Mas, dependendo da viagem que você vai fazer pela região, é interessante encaixar a visita ao Museu Inhotim, em Brumadinho, com uma ida a Ouro Preto. E não estou falando de uma paradinha, mas sim de um encaixe de dois dias no roteiro BH- Ouro Preto. 😉
Esse post faz parte de uma blogagem coletiva com o tema Museu Week. Veja abaixo sobre quais outros museus os blogs participantes escreveram:
Expedições em Família – Museus em Belo Horizonte que você precisa conhecer
Pingback: Galleria degli Uffizi – 3 Gerações e 1 Mala
Pingback: Metropolitan Museum of Art, o imperdível de Nova York | Destinos Por Onde Andei...
Pingback: Museus online no Brasil - cultura sem sair de casa
De fato, para conhecer Inhotim um dia é até judiação! Chegamos no início da manhã e praticamente fomos expulsos de lá (deu a hora e nem vimos). Mas acho que para quem mora ‘perto’ ou com condições de visita-lo com intervalos de tempo, também deve ser bacana ver o Instituto evoluir e ganhar novas peças, indo em dias com espaço de tempo entre eles.
Ahahaha.. tbm já fomos expulsos de um museu em Berlim. Mas em Inhotim ficamos atentos ao horário. rss
Conheci esse museu em fevereiro e me perguntei porque demorei tanto para visitá-lo. Mesmo não curtindo muito arte contemporânea, a integração natureza e arte é incrível, tornando o lugar realmente imperdível para qualquer um!
exato. Nao precisa ser entendedor não… o museu é tão envolvente que encanta também de outras formas.
Morro de vontade de conhecer o Museu Inhotim em Brumadinho. Você fez a melhor definição que li até hoje sobre lá: um museu dentro de um jardim botânico. Achei meio caro o carrinho de golfe para o deslocamento… é R$ 30,00 por pessoa ou R$ 30,00 pelo carrinho?
Tínhamos programado uma viagem a Minas em julho, durante as férias escolares, e já havíamos reservado 2 dias para conhecer o Inhotim – é bem o tipo de programa que gostamos, essa combinação de museu com natureza. Uma pena que tivemos que adiar esse plano, mas com certeza será o primeiro a ser post em prática assim que for possível.
Tbm acredito que os passeios em ambientes mais abertos como Inhotim serão os primeiros a serem retomados.
É por pessoa mesmo, Lu! e vc tem razão… é um pouco puxado o valor.
Eu já fui a Inhotim duas vezes. Eu simplesmente amo esse museu, é um lugar lindo, que eu sempre tenho vontade de voltar.
Inhotim foi um dos melhore museus que já conheci na vida! O acervo e a disposição de tudo é incrível demais. Sempre quero visitar de novo.
O bom é que ele se renova sempre, então realmente valem varias visitas.
Inhotim estava nos meus planos para 2020, mas adiei por enquanto. Deve ser incrível passear por todas essas instalações. O post tá incrível!
Eu espero que tudo volte ao normal logo! Não vejo a hora de ir riscando a lista de destinos que preciso conhecer! Inhotim certamente está na lista, bem lá no alto!
Por aqui tbm estamos cada vez mais ansiosos por isso, Itamar.
Na época da tragédia em Brumadinho vi falarem do museu de Inhotim, mas ainda não havia parado para pesquisar. O lugar é simplesmente lindo, e adorei a possibilidade de fazer um roteiro com ele mais BH e Ouro Preto.
Pingback: Conheça o Museu Casa Guimarães Rosa | | Chicas Lokas na Estrada | Dicas de viagem
Esse texto me transportou para o Museu Inhotim já nas primeiras linhas. Sou completamente apaixonada por esse lugar e pude viajar com suas fotos e essa descrição. Deu vontade de voltar a Brumadinho só para ir de novo. 🙂
Que bom que conseguimos passar essa sensação, Mariana. 🙂
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Excelente texto em homenagem ao nosso belíssimo Inhotim que tanto amamos!!! Todo ano vamos lá, mas esse ano a pandemia chegou antes! Esperamos voltar logo! Amamos seu texto!!
Já visitei algumas vezes Inhotim em Brumadinho e sou apaixonada por esse lugar! Já passei o dia inteiro por lá , só sentada nos bancos incríveis , curtindo a natureza e lendo um livro. Agora q voltei a morar em Minas, com certeza irei novamente.
tá aí uma boa ideia, hein Sil! Ler naquele lugar deve ser sensacional.
Realmente um local diferenciado. Amei conhecer. Concordo com você, ficou bem corrido conhecer em um dia. O lugar é lindo e as obras incríveis. Adorei o post!
Sempre tive curiosidade em visitar Inhotim. Parece que ir com transfer da agência seria mais vantajoso para quem fosse somente visitar o museu e de carro, para quem fosse visitar outros lugares, além do museu, não?
Penso que pela comodidade de nao se preocupar com estrada, sim. Mas financeiramente, não. Em duas pesosas você já gasta mais com o transfer do que com o aluguel do carro. E também pelo fato de um dia só não ser suficiente.
Morro de vontade de conhecer Inhotim. Ainda não conheço Minas a fundo. Só passadas rápidas por BH. Espero poder mudar isso em breve.
Inhotim é uma das nossas maiores riquezas, e você o apresentou muito bem, adorei suas fotos de lá, estão maravilhosas. Aliás, esta visita é bastante fotogênica, impossível sair de lá sem algumas fotos incríveis. Parabéns pelo post, beijos.
Verdade. Nem precisa muito esforço. Minhas fotos foram feitas com o celular mesmo. 😉
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