Murdoch James: Visitando uma vinícola na Nova Zelândia
A Nova Zelândia é a região produtora de vinhos mais isolada do planeta. Embora a produção não seja muito expressiva (apenas 2% do consumo mundial), a qualidade alcançada por seus vinhos em um curto espaço de tempo garantiu ao país prestígio mundial. A produção, que começou nos anos 70, triplicou nos últimos 10 anos, sendo que o forte são os vinhos brancos, em especial Sauvignon Blanc e Pinot Noir.
Não sou entendedora, como já falei aqui, mas simplesmente me encantei com a leveza dos vinhos fabricados na Nova Zelândia. E foi com muito interesse que visitei a vinícola Murdoch James localizada em Wairarapa’s, uma das oito regiões produtoras de vinho do país. A proximidade com a capital, Wellington, (1h20 de carro) faz da vinícola um dos destinos mais populares.
O tour, que deve ser agendado com antecedência através do telefone (06 3069165) ou email (info@murdoch-james.co.nz), dura cerca de 1h30 hora e custa 35 dólares neozelandeses (aproximadamente 58 reais).
A vínícola é de propriedade de uma família, e são eles mesmos que comandam o tour de uma forma bem descontraída e descomplicada, dando espaço a todas as perguntas e interações, como uma conversa entre amigos. Ainda na recepção do prédio sede da vinícola, é servido um vinho, o guia pega uma cesta com outras garrafas e leva o grupo para o vinhedo, onde é iniciado o tour com todas as explicações possíveis e imagináveis.
Mesmo que você seja um entendido ou totalmente desentendido de vinho, a promessa da vinícola é adaptar o passeio aos interesses de cada um. Alí, o guia explica sobre o tipo de solo e clima e revela que a produção é feita apenas uma única vez por ano, devido aos impedimentos climáticos. Toda as frutas são colhidas manualmente, cacho por cacho e os pássaros, os maiores inimigos da vinícola, são assassinados a tiros assim que se aproximam da plantação. 🙁
Já na adega, o guia explica sobre as diferenças na produção do vinho branco e do tinto e o processo de clarificação. Como o vinho turvo não é bem visto, eles usam a clara de ovo para clarificar o vinho branco. Já no vinho tinto o segredo é bexiga de peixe esmagada. E nem dá para ficar com nojo, porque o resultado final é fantástico e nesse momento você já está com quatro maravilhosas taças de vinho na cabeça.
Em uma das muitas piadinhas, o guia explica que o bagaço da uva é dado às vacas e que é comum encontrar algumas bem alteradas no pasto. 😀
O tour é finalizado na caverna subterrânea, onde a bebida fica armazenada em barris de carvalho francês. Para aumentar a umidade, eles jogam água no chão desse cômodo, deixando os barris inchados e as rolhas mais fixas. Já nas garrafas para o cliente final, são usadas tampas de ferro, pois segundo explicação do guia, como a produção do país é pequena, os preços das rolhas de cortiça não são competitivos.
Para fechar com chave de ouro, recomendo almoçar no próprio restaurante da vinícola, Bloom, que tem um cardápio com pratos a partir de 22 dólares neozelandeses.
Após o almoço, explore a propriedade que é belíssima e costuma sediar diversos casamentos. Aliás, mais informações sobre os casamentos na vinícola estão aqui.
Na recepção da vinícola é possível comprar vinhos que são acondicionados para viagem em uma embalagem super prática e reutilizável, forrada com plástico bolha. Os vinhos também são comercializados através do site, mas são entregues apenas na Nova Zelândia (infelizmente!).
A vinícola Murdoch James fica aberta todos os dias entre 11h e 17h.
Mais sobre vinícolas
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Informações Adicionais
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Um tour no Parlamento Neozelandês
Um passeio pelo mar da Nova Zelândia
Sugestão de roteiro por Wellington
Oi, Polliana. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
😉
Polliana
Adorei o seu relato.. Estivemos em Wairarapa visitando algumas vinicolas mas não chegamos a visitar esta em particular.. Esta anotadinho para a proxima viagem..
Bjs
Oi, Oscar!!
Obrigada pela visita!
=D
Fiquei bem empolgada com a Nova Zelândia e espero um dia voltar com tempo.
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