Cânion Fortaleza no Rio Grande do Sul

No meu último post, iniciei uma série falando sobre o Itaimbezinho, um dos principais cânions do Rio Grande do Sul. Hoje sigo falando sobre outro igualmente maravilhoso: o Cânion Fortaleza.

O Cânion Fortaleza sempre foi pra mim o de maior beleza cênica e o esperado com maior expectativa, mas foi difícil conseguir ir. Contatei várias agências de Gramado/Canela em três anos distintos, mas na época, nenhuma queria fazer o tour, algumas alegavam que os acessos eram bem precários, difíceis de percorrer.

Na segunda metade de dezembro de 2017 deu certo de alugarmos um carro e fomos por conta própria. Embora alguns dos posts da internet sugerissem ir com carro traçado – conselho que não seguimos – achei desnecessário porque a via de acesso estava boa, inclusive a estrada de chão (talvez essa dica valha para o pico da estação chuvosa).

Assim como o Cânion de Itaimbezinho, o Fortaleza também está localizado em Cambará do Sul, mas diferente do primo famoso, ele não tem muita estrutura. Nesse, você passa por uma portaria improvisada e segue por mais alguns quilômetros até a área do estacionamento. De lá segue a pé pela trilha que vai margeando a borda do cânion.

O Fortaleza faz parte de uma Unidade de Conservação distinta, o Parque Nacional da Serra Geral, e talvez pela falta de estrutura não é cobrada taxa de entrada – mas na volta tem uma caixinha de contribuições para ajudar na manutenção do parque.

A diferença da paisagem do Fortaleza comparada ao Itaimbezinho é que o primeiro possibilita ver uma maior amplidão do platô, que é enxergado de longe através de um enorme descampado, no melhor estilo “A Casa das 7 Mulheres”. A trilha vai margeando toda a borda, atravessa alguns riachos, e vai subindo até o nível mais alto, de onde se aprecia a parte mais bonita do atrativo.

A trilha é curta, com alguns trechos íngremes, mas achei tranquila de fazer e é bem sinalizada. Ao longo do trajeto não espere encontrar ninguém de apoio. A estrutura desse parque é realmente mais raiz.

Voltando de carro no sentido da portaria, na metade do caminho tem outra trilha que vai dar acesso à Cachoeira do Tigre Preto (que você só acessa por cima) e a Pedra do Segredo, uma formação rochosa diferente. A trilha fica perto de uma casinha de ônibus e só a achamos porque vimos alguns veículos parados e fomos lá conferir.

Depois de visitar o Cânion Fortaleza, dormimos em Cambará do Sul para, no dia seguinte, seguir até o Cânion Monte Negro, tema desse outro post aqui.