Como chegar na Serra da Canastra
A Serra da Canastra é uma região no estado de Minas Gerais que abrange 7 municípios em uma área total de quase 2 mil km². Entre os municípios estão Vargem Bonita, São Roque de Minas, Sacramento, Piumhi, Delfinópolis, São João Batista do Glória e Capitólio. Veja como chegar na Serra da Canastra, o caminho que não se deve pegar e o melhor percurso a partir de algumas capitais brasileiras.
Veja também: Roteiro de 3 dias pela Serra da Canastra
As cidades com melhor infraestrutura e mais próximas dos principais atrativos são Vargem Bonita e São Roque de Minas. Como dito acima, Capitólio também faz parte da Serra da Canastra, mas o turismo por lá se despontou de tal forma que fica como um destino quase à parte. Assim, merece um roteiro separado.
Como chegar na Serra da Canastra
De qualquer forma, chegar à base da região principal da Serra da Canastra pode não ser assim tão fácil. Indo de avião você pode descer em Belo Horizonte e seguir de carro até uma das cidades bases.
O melhor caminho é pela MG-050, passando por Betim, Itauna, Divinópolis, Formiga, Piumhi até chegar em Vargem Bonita. São pouco mais de 300 km, e todo o trecho é asfaltado. A viagem demora em média 4h30.
Já saindo de São Paulo, pode seguir até Campinas e entrar em Minas Gerais pela BR-491 passando por Passos, Capitólio e Piumhi. São 530 km e a viagem demora mais de 7h.
Do mesmo modo, saindo do Rio de Janeiro, pode ir pela BR-040, passando por Petrópolis, Juiz de Fora, São João Del Rei, Formiga e Piumhi. São 660km e a viagem dura em média 9h30.
De Brasília a Serra da Canastra
(O que não fazer)
Nós saímos de Brasília, de onde temos duas opções de caminho. Um indo por Paracatu – Patos de Minas (BR-040) e outro indo por Catalão – Uberlândia (BR-050). Dá pouco mais de 700km em qualquer um dos trechos.
Optamos por ir por Catalão por ser pista dupla até Uberlândia. Até lá, a estrada está em perfeito estado de conservação. De Uberlândia é possível seguir por Uberaba e chegar na região da Serra Da Canastra por Sacramento ou indo por Araxá até Tapira. É o que aponta o Waze.
Optamos por ir por Araxá – Tapira porque era um trecho bem mais curto. De Uberlândia até Araxá já era pista simples e cheias de remendos. Mas até aí tudo bem. O dono da pousada onde nos hospedamos nos ligou para orientar que depois de Tapira havia um trecho de terra que poderia ser desafiador.
São 80km de terra entre Tapira e São Roque de Minas. Ele sugeriu que fizéssemos um desvio para Bambuí – Piumhi e então Vargem Bonita. Esse desvio aumentava mais de 300km e 5h de viagem. Enquanto o Waze dizia que em 1h passaríamos pelos 80km de estrada de chão.
Ele orientou, mas nos deixou livre para escolher e ainda sugeriu que pedíssemos informações atualizadas na cidade sobre as condições dessa estrada. Por fim, pediu que compartilhássemos a localização para o caso de precisar de algum socorro.
De Tapira até a Serra da Canastra
Depois de conversar com algumas pessoas em Tapira, decidimos seguir pela estrada de chão e fugir do desvio. Afinal, eram apenas 80km e apenas 1h de viagem. Na cidade, as informações davam conta de que a poeira estava alta e havia alguns buracos na estrada, mas que nosso carro (Um Volkswagen Up) aguentava.
E, o mais importante, era para colocarmos no Waze, pois havia muitas opções de caminhos e poderíamos nos perder facilmente.
De posse de todas as recomendações seguimos viagem. Nos primeiros 5km o Waze “se perdeu” e nos deixou na mão. Para recalcular a rota, precisávamos de sinal, que só tinha na cidade. Então voltamos na cidade para reestabelecer o 3G, recalcular a rota (agora em dois celulares para garantir) e seguir novamente o caminho.
Os primeiros quilômetros pareciam desafiadores, mas nada muito complexo. No entanto, a previsão de chegada, que era de 1h, só aumentava a medida que avançávamos. Em resumo, nós só vencemos os 80km depois de 3h.
Sim, TRÊS LONGAS HORAS de muita poeira, buraco, costelas, ladeiras e quase escaladas. Muitas vezes tudo isso em um único lugar. Definitivamente, não é uma estrada para amadores.
Para piorar o cenário, já estava de noite e o celular não deu nenhum sinal durante todo esse trajeto. Pelo que deu para entender, o Waze considera aquela estrada como asfaltada, o que jamais foi verdade. Por fim, chegamos na pousada exaustos.
Mas qual o melhor caminho entre Brasília e a Serra da Canastra?
O melhor trajeto entre Brasília (ou Goiânia) e a Região da Serra da Canastra é pela BR-040, passando por Cristalina, Paracatu – Patos de Minas, Bambuí, Piumhi e finalmente Vargem Bonita. Por esse caminho a estrada é totalmente asfaltados entre Brasília e Vargem Bonita.
Por outro lado, ela tem apenas um pequeno trecho de pista duplicada. Com o fluxo intenso de caminhões e muitas curvas, é uma viagem cansativa, mas ainda bem melhor do que passando por estrada de chão. De qualquer forma, tenha em mente que mesmo por esse caminho, você não estará livre das estradas de chão.
Na Serra da Canastra as cidades são como ilhas. O asfalto está só nelas. Toda a área ao redor (incluindo o acesso a TODOS OS ATRATIVOS) é feito em estradas de chão no mesmo estilo da que pegamos entre Tapira e Vargem Bonita.
O terreno é bem fofo. Então, no tempo de seca (época em que fomos), você vai encontrar muita poeira fina (muita mesmo!!), buraco e costela. Na época de chuva, uma lama bem escorregadia. Pelo que todos contam por lá, é comum turistas sendo socorridos com o carro quebrado na região.
O risco de estourar um pneu ou amassar o carro por baixo é muito alto. Além disso, você pode até conseguir socorro imediato em uma das cidades mais próximas, mas se precisar de uma peça, por exemplo, não vai ser nada fácil.
Então preciso de 4×4 na Serra da Canastra?
Seria sim a melhor pedida. Mas um carro comum não inviabiliza seu passeio por completo. Com cuidado e respeitando os limites do veículo, você pode ir em quase todos os principais atrativos.
Aqueles que não são viáveis, você contrata o guia com 4×4. Recomendo o Vagalume (Luis Carlos 37 99860-6940) que tem paciência para fazer passeios com calma e personalizados de acordo com as preferências dos clientes. Além disso, ele dá várias dicas valiosas sobre a região, inclusive de onde comprar os produtos com melhor preço e qualidade. Nós o contratamos para fazer a parte alta da Cachoeira Casca D’Anta.
Já esteve na região? E como foi sua forma de chegar na Serra da Canastra? Compartilhe sua experiência com a gente aí nos comentários.
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Parece que eu já vi esse filme antes.
Também já aconteceu com a gente na segunda vez que fomos por lá .
A dica é: não sigam o Waze.
Sou de Campinas SP
Gente a Própria Existência Divina.
Parque Maravilhoso, Bem Cuidado, Funcionário que nos atendeu simplesmente Fantástico.
Sr.Ivo está de Parabéns por sua Gentileza e Prestesa.
Banheiros Limpos e pela própria beleza esse Parque nos convida a Zelar por ele.
Sensação aí estar próxima a Cachoeira é Algo Inesplicavel.
Só vc estando lá para Sentir Tamanha Gratidão e Energia Gerada Pela Mãe Natureza.
GRATIDÃO
OBS: Sugiro que haja mais indicadores Placas e Afins que nós conduza de forma melhor ao Parque.
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