Igreja Universal do Reino de Los Hermanos
Já dei a deixa nos dois últimos posts e também no twitter sobre onde estive no último dia 15 de outubro. Sim, meus caros! Estive cumprindo o cronograma de 2010 do meu projeto Brasil em um final de semana, que começou por São Luís do Maranhão no início deste ano e deve finalizar com Porto Alegre logo mais em novembro. Projeto este que visa privilegiar com a minha nobre presença lugares que compõe a minha vasta lista de destinos nacionais ainda desconhecidos. E quando eu posso somar a minha paixão por viagens com a minha paixão por música, tudo tende a ter um gostinho mais especial.
Mas antes de falar especificamente da viagem a Recife e Olinda, preciso dedicar um post para falar do show do Los Hermanos. Já perdi as contas de quantos shows desta banda já assisti em toda a minha vida. Lembro de todos, mas alguns são memoráveis. O primeiro que assisti no Rock in Rio III em 2001, o com Os Paralamas do Sucesso em Goiânia em 2004, o da abertura do show do Radiohead em São Paulo em 2009, outro no Goiania Noise em 2003 (?!) e mais uma pá de outros shows nostálgicos. Mas nenhum chega aos pés da experiência do show de Recife. Me pergunto desde então: O QUE FOI AQUILO?!
Lembro que já ouvi analogias envolvendo Los Hermanos e Legião Urbana quando o assunto é a energia e devoção de seus fãs. Nunca assisti a um show da Legião, mas conheço quem já assistiu e que concorda com essa comparação.
18 mil pessoas lotaram o pavilhão do Centro de Convenções de Olinda, em sua maioria jovens que, naquele momento, transformaram o lugar em um templo religioso. Uma multidão de fãs que cantavam com louvor cada música, cada refrão, cada estrofe, CADA PALAVRA! Nem mesmo as falhas no sistema de som desanimavam o público que continuava entoando as músicas em um coro único, como se louvassem aos deuses, aos deuses barbados do rock poético e melancólico. E o irônico é que, anexo ao local do show, acontecia no mesmo momento um encontro religioso. Duvido que lá havia tamanha devoção a Deus como no pavilhão a Rodrigo Amarante, Marcelo Camelo, Bruno Medina e Rodrigo Barba.
Tamanha energia do público pernambucano transformou este no maior e melhor show de toda a carreira do Los Hermanos. E não sou eu que se atreve a essa afirmação, é Bruno Medina em seu blog Instante Posterior.
Não só eu, mas todos os fãs do Los Hermanos, esperamos que esses shows temporões (Recife, Fortaleza e Salvador) sirvam para tocar o coração (e o bolso) de todos os integrantes, que deixem o egoísmo de lado e voltem a produzir novas músicas, novos álbuns e novos shows! Que continuem nos presenteando com outros momentos impares como este.
E digo mais, que Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante finalmente entendam que, assim como John Lennon e Paul McCartney, separados, não são os gênios que, juntos, compõe, tocam e cantam o que mexe com o coração de seus fãs. :'(
Vídeos
Os vídeos foram feitos por mim. Foi só o que consegui registrar e ainda com muita dificuldade. Estão em alta resolução (HD), pois agora sou chato até com vídeos feitos no estilo bração mode on 😉
Conversa de Botas Batidas
“… já não vejo motivos para um amor de tantas rugas não ter o seu lugar …”
A Flor
“… eu que nunca amei a ninguém pude então enfim amar…”
Confesso que também nunca vi nada igual. A energia contagiante que tinha naquele show era algo inexplicável…
oi faz tempo que penso em ir p los roques, cai aqui no seu blog pesquisando mais sobre lá.muito legal suas dicas!Confesso que conheço varios lugares do mundo,mas Los Roques acho que é imperdivel, parabens pelo blog!