Buenos Aires: Freddo, Bodies The Exhibition e a Apple Store fake

Como é difícil falar de algo que já aconteceu há alguns dias.. mas vamos lá. Eu prometi, agora vou ter que cumprir.

Bom, no dia 02 a noite depois do city tour de bicicleta, cheguei no albergue seco pra tomar um belo banho frio e relaxante. Catei minhas coisas e fui pro banheiro e depois de todos os preparativos e de já estar debaixo do chuveiro, ligo e nada de cair água. Mexo daqui, mexo dali.. dou uns tapas no chuveiro e nada de água cair. Sai puto, visto a roupa cato minhas coisas e vou pra recepção saber “de qual é” por não ter água. Eles alegaram que houve um problema com uma bomba d’água e que a previsão de retorno era só para o dia seguinte, e que a solução de contorno oferecida é irmos tomar banho em outro albergue vizinho. Eu aceitei a condição e ele me pediu 5 minutos pra ligar no outro albergue avisando q eu iria. Enquanto isso fiquei encostado no parapeito da janela observando o movimento na cidade, até que finalmente começou a chover! Ihuu! Se não rolar o banho, vou pra chuva me refrescar.. hehehe! Foi a primeira vez q choveu em Buenos Aires depois q cheguei.

Fui pra área de convivência do albergue e percebi que tínhamos hóspedes novos, uma invasão de alemães conversando naquela língua que poucos entendem, bebendo e queimando tudo até a última ponta. 🙂 Fui chamado pelos brasileiros/mineiros a me juntar a mesa deles e como ainda aguardava o “ok” para ir tomar banho no outro albergue, fiquei por lá jogando conversa fiada com o povo. E foi nessa conversa que descobri que estava acontecendo a exposição “Bodies The Exhibition” em Buenos Aires, a mesma que rolou em São Paulo há alguns meses atrás. Fiquei interessado e já inclui no meu roteiro do dia seguinte.

A água voltou! Aleluia! Não foi nem necessário ir para o outro albergue. Finalmente tomei um belo de um banho, deite, dormi, acordei no dia seguinte, tomei café da manhã (sim, as medialunas estavam lá!), catei minha mochilinha, botei o iPod no ouvido e sai batendo pernas pela cidade. Resolvi passar nas Galerias Pacífico, que de galeria não tem nada, é um imenso shopping center, que, segundo meu guia, foi construído no final do século 19 pela loja de departamentos francesa Bon Marché. Pela idade e origem dá pra ter uma idéia do quão estiloso é o edifício.

E foi nessa galeria que finalmente encontrei a Freddo, a famosa sorveteria argentina. Pedi um copão de sorvete com 3 sabores e uma cobertura de framboesa. Os sabores eu não me lembro bem, só lembro que não escolhi “dulce de leche” (foi mal Ana!) e que um dos sabores era de limão. Humm! Muuuito bom! Mas a Saborella da 112 Norte em Brasília é tão boa quanto. Tá, a Freddo tem seu glamour, ainda mais qdo a sensação térmica em Buenos Aires chegava a 43 graus.

Freddo a Galerias Pacifico

Da galeria peguei um táxi (aliás, como é barato táxi em Buenos Aires!) para o shopping Abasto, onde estava acontecendo a “Bodies The Exhibition“. AR$ 30 o ingresso de entrada, mas estudante pagava AR$ 24, eis que minha carteirinha de estudante internacional da ISIC finalmente foi usada fora do território brasileiro.

Ao entrar na exposição confesso que não me senti muito bem. Quem me conhece sabe que sou fresco quando o assunto é sangue, cortes e qualquer perfuração no corpo. E nessa exposição é tudo muito real! O corpo humano completamente dissecado em partes, ossos, nervos, músculos, veias.. uma planta explodida do corpo humano, essa é a verdade! A técnica é chamada “plastinação” e foi criada pelo anatomista alemão Gunther von Hagens em 1975, patenteada em 1977 e refinada até se encontrar em condições de utilização em 1990. É impressionante essa técnica, já q os corpos e orgãos parecem intactos, sem cheiro algum e muito bem conservados. Uma mumificação dos tempos modernos, só que sem faixas! E tudo construído através de cadáveres que são doados por voluntários, seguindo um contrato bem rígido de doação. Bizarro! Alguém se habilita? Vá lá no site e se inscreva!

Ticket do Bodies The Exhibition em Buenos Aires

Mas parece que a idéia, além de ser educativa, é uma mina de fazer dinheiro com exposições pelo mundo afora.

Era proibido o uso de câmeras, porém por AR$ 25 vc poderia comprar uma revista/catálogo da exposição na saída. E foi o que eu fiz. Quem quiser vê-la, que venha me visitar.

Mas vejam o vídeo abaixo:


Enfim, depois da exposição comi no shopping mesmo, em um restaurante chinês fast food bem xexelento que nem merece comentários, e de lá peguei um táxi para a Av. Santa Fé, na tentativa de encontrar a suposta Apple Store de Buenos Aires. O taxista desconhecia, e eu sabia muito pouco do endereço dela. Tudo que eu tinha era informações desencontradas que eu sai catando em blogs pela Internet. Um dizia que era perto do Burguer King da Santa Fé (qual? eram dois) e outro dizia que era próximo da livraria “El Grande Ateneo” (outra que eu tb buscava visitar). Porem depois de muito caminhar, olhar mapa e perguntar, acabei encontrando a dita cuja. Que decepção! A loja é um fake! Sim, Buenos Aires tem uma fake de Apple Store.. e que isso fique bem claro! 🙂 A loja na verdade chama Macstation e é uma “Apple Centre”, uma loja especializada em vender produtos da Apple. Nada mais! E pra quem estava sedento por badulaques tecnológicos e acessórios para iPod, foi uma decepção só. Primeiro prq não tinha quase nada interessante e o que tinha era absurdamente caro. Melhor deixar pra gastar em uma Apple Store de verdade, e pra isso só na Europa e EUA mesmo.

Bom, só pra registro a loja fica na Ayacucho 1184, quase esquina com a Santa Fé. E a livraria eu não encontrei!

Tô cansado e com sono, no próximo post continuo falando da caminhada deste dia, que inclui a visita ao Cemitério da Recoleta e minha última aventura gastronômica por Buenos Aires.



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Comentários

  1. Vem me visitar que eu te levo na loja da Apple. Fica bem aqui na rua da escola! 🙂

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