Essa história de Tax Free é latada!

Em 99% das lojas na Europa o turista vê adesivos e ouve os vendedores falando sobre o tal Tax Free, que é o reembolso de um imposto (o VAT) embutido no preço de todos os produtos comercializados dentro do continente. Quem não mora na Europa tem direito ao estorno que pode variar de 4% a 20% dependendo do país onde foi feita a compra.

O vendedor usa essa tática como argumento para te convencer a comprar. Você escuta aquela ladainha, faz as contas e se ilude achando que é simples pegar aquela grana de volta. Aham Cláudia…. senta lá e confere tudo o que você precisa fazer! Isso vai te exigir MUITA paciência, dedicação e conhecimento.

Ainda na loja, você tem que apresentar seu passaporte (se não tiver com ele, já dança) e então recebe um formulário hiper chato da Global Blue/Global Refund, empresa responsável pelo procedimento de “tax free” para turistas. Aí você sai todo felizinho achando que tudo deu certo, mas é no aeroporto, momentos antes do embarque, que as dificuldades da maratona “tax free” ficam mais claras.

As duas horas normais de antecedência recomendadas pelas companhias aéreas não são suficientes para enfrentar a burocracia exigida. Primeiro você entra em uma fila e apresenta as compras e as notas fiscais. Sim, uma a uma. Item por item. Tudo é conferido. Detalhe: tudo o que você for pegar a taxa de volta, precisa ser levado na bagagem de mão, pois o processo só pode ser feito após o check-in, já que deve ficar comprovado que você realmente está deixando o continente.


Com o formulário carimbado você segue para outra fila, onde retira o dinheiro do reembolso ou pede para depositar no seu cartão de crédito. As duas opções são ruins. Em dinheiro você recebe na moeda de lá e, como está indo embora, te resta gastar tudo no Duty Free ou fazer o câmbio (onde você sempre leva desvantagem) quando chegar no Brasil. Se escolher receber pelo cartão, vai esperar uns 3 meses.

Independente da opção de recebimento que fizer, o passo seguinte é colocar o envelope (que eles fornecem com o formulário) no correio. As caixinhas costumam ficar em cantos super-não-estratégicos dos aeroportos. Coisa para detetive mesmo. Detalhe: apesar do envelope ser fornecido pela e ter impresso o lance de envio já pago, se você passou por outro país antes de voltar para o Brasil, vai precisar colar um selo no bendito. Agora vai você achar um selo no aeroporto. Tarefa super simples.

Cansou só de ler!? Imagina quem tem que fazer isso tudo e ainda correr para embarcar? Se achar que vale a pena, encare. Se não, simplesmente não se iluda achando que algum produto pode sair mais em conta. E ainda tem vendedor que vem com história de que para alguns produtos você não precisa passar por nada disso e vai receber um cheque na sua casa com o reembolso. O cheque você recebe mesmo, mas não tem banco brasileiro que desconte o dito cujo!

Agora me conta, quem já conseguiu receber a taxa? Teve ou não teve muito trabalho?



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Comentários

  1. Eu consegui receber em 2008 em uma viagem a Buenos Aires. O processo foi super simples e eu nao precisei mostrar os produtos.
    Animado, tentei fazer a mesma coisa na Europa, mas dei com os burros n’agua por ter despachado os produtos na bagagem.
    Enfim, hoje defeco e perambulo pra esse lance de Tax Free.
    Prefiro usar esse tempo livre para bater perna pelo Free Shop 🙂

  2. Juca Vasconcelos
    09 nov 2011

    Recebi todas as taxas que fiz… e na fatura seguinte a minha chegada… A única que demorou foi de uma viagem pra argentina, q demorou uns 3 meses pra chegar o refund.
    Na Europa, o esquema é fazer o check in no totem, e antes de despachar a bagagem ir no guichê do tax free.

    O que eu sempre faço é já preencher os cupons logo que compro e uso só UM envelope na hora de cadastrar já no Aeroporto… So me pediram pra ver uma máquina fotografica que comprei, o resto foi tudo tranquilo.

    Vale lembrar que o processo, na Europa só pode ser feito quando vc for sair da Europa, então pode acumular os cupons da viagem toda. Em alguns países, é necessário ir na alfandega antes, carimbar os tíquetes.

    O processo mais rápido q fiz foi em Copenhague, o mais demorado em Paris.

    Esse ano recebi quase 800 reais de volta em reembolsos do Tax Free…

    • Fábio Santos
      10 nov 2011

      Nossa, já tentei receber essa parada 3 vezes e nunca consegui. Agora tô indo de novo e resolvi pesquisar para saber se muita gente consegue ou só eu (e meus familiares) que nao consigo. Foda, viu?

  3. MÁRCIA RIBAS
    18 dez 2011

    sempre recebi, nunca tive problemas (desde que esteja com as mercadorias que podem ser pedidas – para conferir).
    Há alguns anos realmente eram “escondidos os locais para carimbar ou as pessoas eram de um mal humor horrível”, você tinha vontade de desistir.
    Mas mudou bastante, os locais estão mais sinalizados, e os atendentes muito mais solicitos.
    O reembolso é super rápido, de 15 a 30 dias, depende do vencimento da faturo do cartão e da administradora do cartão.

  4. Givaldo
    14 mar 2012

    Estive na França em 2010 e foi hiper-tranquilo conseguir os reembolsos. Nem fila eu encarei. É pegar as informações e preencher os formulários antecipadamente. Eles pedem para que você esteja com o equipamento em mãos, mas nem sempre olham, e nem todas as compras dão direito a refund.
    Melhor sorte da proxima vez.

  5. Mauro
    23 dez 2014

    Sempre recebi, tanto Argentina, Europa… Em Cuba, por exemplo, nem sonhei com essa, pois não tem mesmo! Sei que é preciso ter paciência, mas considero um bom valor que recebo como crédito na fatura do cartão de crédito. Gostaria de saber: No Peru também tem tax free?

    • Mauro,
      de tanto termos dor de cabeça com isso, há tempos não tentamos o tax free em nossas viagens, incluindo o Peru.

  6. amanda nascimento
    10 fev 2015

    tem 7 meses que fui a cacnun e até hoje nao recebi, não consigo ver onde anda o protocolo…

  7. Mikhail
    01 ago 2018

    Ja fui tres vezes a europa e sempre foi tranquilo pra receber ,vale muito a pena .

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