Como se locomover em Myanmar
Para os deslocamentos urbanos, o transporte ideal para ir de uma atração a outra nas cidades de Myanmar vai depender muito de onde você está, podendo variar entre Táxi, Moto ou Bicicleta.
Já para os deslocamentos intermunicipais, as opções são o ônibus e o avião.
Vamos aos detalhes de cada uma destas opções e como foi a nossa experiência.
Táxi, Moto ou Bicicleta
Em Yangon e Mandalay a melhor forma de se locomover no trânsito caótico das duas maiores cidades do país é o táxi. Eles estão por toda a parte e são muito baratos. Não existe taxímetro e o preço deve ser negociado previamente com o motorista. Mas fique tranquilo, eles não vão te explorar. Não nos sentimos em nenhum momento explorado ou enganado. E a tarifa é muito barata.
Para se ter uma ideia, do aeroporto de Yangon ao nosso hotel (uma viagem de 45 minutos) pagamos 7000 kyats, pouco mais de 5 dólares ou 18 reais. E éramos três pessoas.
Em Bagan e Inle Lake você irá precisar de táxi somente nos trechos Aeroporto-Hotel-Aeroporto.
Em Bagan a melhor forma de locomover pela cidade são as motos elétricas, que eles chamam de e-bike. Esqueçam os táxis. Pilotar essas motinhas pelas ruínas dos mais de 2 mil templos de Bagan foi uma das coisas mais divertidas que fizemos durante a viagem.
O aluguel custa míseros 4000 kyats (3 dólares) e você pode ficar com ela do nascer ao pôr do sol.
E se você nunca pilotou nada motorizado de duas rodas, não se preocupe. Pilotar essas motinhas é tão simples quanto andar de bicicleta. Vai por mim!
Aliás, existe também a opção da bicicleta. O aluguel dela custa 1500 kyats (pouco mais de 1 dólar). Mas depois de experimentar a motinha elétrica, te garanto que você não vai querer saber de pedalar no sol quente.
Já em Inle Lake infelizmente não tem a opção de alugar uma moto, mas existe a bicicleta que é a opção ideal para os passeios fora do lago (claro!).
O valor do aluguel é o mesmo praticado em Bagan: 1500 kyats para ficar o dia todo com ela.
Ônibus
Para os deslocamentos entre as cidades de Myanmar, as opções são o ônibus e o avião.
Recomendo fazer os percursos de ônibus somente se você estiver com tempo sobrando, orçamento apertado e for daqueles que conseguem dormir durante a viagem. Caso contrário, você chegará ao destino moído e vai perder algum tempo para se recompor. É uma economia que nem sempre é interessante.
Os ônibus possuem vários preços, dependendo da distância, do nível de conforto e do quão express ele for.
Nós só fizemos o trecho Yangon-Bagan de ônibus, comprando a passagem online pelo site Oway, sem maiores dificuldades. Optamos pelo VIP Express (o mais caro), que nos custou 22 dólares. Já que íamos sofrer, que pelo menos sofrêssemos com alguma dignidade.
Esse mesmo trecho de avião custava 115 dólares.
Além do Oway, você também pode comprar passagens pelo site Myanmar Bus Ticket.
A rodoviária de Yangon lembra muito um Ceasa. Não existe esse negócio de plataforma e guichê. Você diz para o taxista em qual empresa comprou o bilhete e ele vai te levar até o galpão de onde partem os ônibus. No balcão, você apresenta a sua reserva e eles te dão um cartão de embarque feito a mão, com a informação da sua poltrona.
É esse mesmo papel que você apresenta para a pessoa que pega a sua mochila e a joga em uma pilha cheia delas, antes de levar todas de uma só vez para o bagageiro do ônibus.
O ônibus tem serviço de bordo, com manta, travesseiro de pescoço da Dora, biscoitinhos, água, refrigerante e até um kit de higiene bucal.
A viagem toda levou 10 horas, saindo de Yangon as 20h e chegando em Bagan as 05:30 da manhã. Eu consegui dormir numa boa, achei o ônibus bem confortável. Mas meus dois companheiros de viagem não pregaram o olho. Chegaram muito cansados e só conseguiram colocar a cara na rua depois de dormir a manhã toda no hotel.
As estradas não são boas e os ônibus sacodem bastante. E ele faz uma única parada em um restaurante na beira da estrada, daqueles bem trash mesmo, que não tínhamos coragem de tocar em nada, quanto mais comer.
Avião
Para quem tem pouco tempo a perder, a melhor opção de deslocamento é sem dúvida o avião. Eles são caros para os padrões do sudeste asiático, mas vale muito a pena.
E é importante dizer que você não vai encontrar as cias aéreas de Myanmar utilizando buscadores de voos como Skyscanner e Kayak. É preciso entrar diretamente no site de cada uma delas e fazer buscas individuais.
Nós voamos pelas seguintes cias áreas locais:
Bagan -> Inle Lake
Fomos de Asian Wings e pagamos 89 dólares.
Inle Lake -> Mandalay
Voamos de AirKBZ e pagamos 66 dólares.
Em ambas compramos os bilhetes diretamente em seus respectivos sites e pagamos com o nosso cartão de crédito brasileiro, sem intermédio de agências, sem nenhuma dificuldade.
Não acho necessário comprar essas passagens com muita antecedência. Elas sofrem quase nenhuma alteração se você comprar para daqui 2 meses ou se comprar para amanhã. E o mais engraçado é que eles voam com pouquíssimos passageiros a bordo. De Bagan para Inle Lake nosso voo da Asian Wings era praticamente fretado pra nós.
Mas é importante dizer que você sempre deve ligar para a cia área no dia anterior e confirmar sua viagem. Foi a recomendação que recebemos e foi assim que fizemos. Pedimos ajuda na recepção do hotel e em 2 minutos eles ligaram e confirmaram pra nós. Eles já estão acostumados com este tipo de pedido.
Outras cias que fazem os voos internos em Myanmar:
– Yangon Airways
– Myanmar Airways
– Air Mandalay
– Golden Myanmar Airlines
Lembrando que a franquia de bagagem da maioria das cias é de 20kg.
Para os techos de Bangkok para Yangon e de Mandalay para Bangkok nós voamos pela excelente AirAsia. O trecho de ida custou 46 dólares e o da volta 93.
Informações adicionais
Quer saber como organizei minha viagem a Myanmar?
Não deixe de ler este post aqui, onde eu conto todos os detalhes.
Estou preparando roteiro para Myanmar. Gostei bastante das suas dicas. Parabéns e obrigado. Sergio.