O início da saga européia na visão do Quintiliano

Tudo começou depois de um dia intenso de trabalho em um ambulatório médico da periferia de Goiânia. Encontrei o Marcelo na Internet e entre uma conversa e outra ele me contou da viagem que planejava à Europa. Boa parte de tudo já estava programado, com roteiros compostos e boa parte dos bilhetes aéreos adquiridos pela Internet. Fiquei muito interessado e logo me empolguei com a idéia, enchendo-o de perguntas sobre a viagem e, principalmente, sobre os custos da viagem, o mais importante para um mochileiro de primeira viagem, que visa gastar pouco e fazer muito turismo. Logo caiu a noite e eu já tinha até sonhado com a viagem.

A idéia amadureceu faltando 35 dias. Pronto! Assim começou o tumulto, plantão atrás de plantão, economizando, correndo atrás de amigos plantonistas para cobrir minha ausência e fazendo “gatos” com a minha escala junto a diretoria do meu PSF. No final tudo era só empolgação e ansiedade pelo dia do embarque. Embarquei em Goiânia no dia 23 de maio às 9 horas no Aeroporto Santa Genoveva. Encontrei com o Marcelo no Aeroporto Internacional de São Paulo, já que o vôo dele saía de Brasília, cidade onde vive e trabalha. Horas e horas de espera, tomando chopes em um boteco requintado e “batemos uma broca” na Pizza Hut. Cambiamos euro por ali mesmo e ficamos a espera do embarque previsto para as 19:10 mas que só decolou de São Paulo as 23:30hrs.

Embarcamos em um vôo com muitos gringos, em uma poltrona nada confortável, avião enorme e cheio, com todo aquele ritual “pré-cirúrgico”: “Em caso de depressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente..”. Muita “matula” no vôo, o de costume. Se você não come, fica com fome até o dia seguinte! Conversa vai, conversa vem, dorme daqui, dorme dali. Enfim chegamos!

Aeroporto de Malpenza, Milão – Itália, 11 da matina. Clima frio, suportável, alguns chuviscos. Era o que se via pela janela do avião. Desembarcamos, fomos direto para o corredor da imigração para levar a “carimbada italiana”, passar pela revista, controle de entorpecentes e vigilância sanitária. Tudo dentro da normalidade até aqui.

Para seguir para Firenze, onde vive a tia do Marcelo, tínhamos que pegar o trem na estação central de Milão. Pegamos um ônibus no aeroporto depois de muita confusão com o bilhete que compramos. Havíamos comprado bilhetes de bus, pensando ser de trem. Sorte nossa que encontramos duas brasileiras gente fina que nos ajudou na estação do aeroporto.

No corre-corre o safado do Marcelo me fez sair correndo do ônibus carregando nos braços uma mala com alça arrebentada cheia de latas de guaraná, 2kg de picanha, pacotes de biscoito passatempo etc. No final de tudo, não valeu nada. Todos os atrasos foram suficientes para perdermos o trem na estação. Porém, esperamos mais uma hora e pegamos o próximo trem. Aproveitamos o tempo livre e cumprimos o nosso papel de turistas e iniciamos as sessões de fotos já na estação, além de ficar observando o povo de língua e vestimenta estranha, como dois goianões matutos.

Depois de “bater uma broca” e “tomar umas cangibrinas” no melhor estilo italiano na noite anterior, acordamos e fomos direto pra Firenze bater perna. Foi ali que começamos a fotografar tudo que fosse atípico. O povo era o mais louco que eu já vi, turistas de países diferentes, andando pra lá e anda pra cá em ruas estreitas que lembram muito os becos de assassinato que vemos em filmes.

Polliana (irmã do Marcelo), Maria (tia do Marcelo) e eu nos becos de Firenze

Isso é tudo por enquanto!



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Comentários

  1. Ai pode trazer uma lembrança q não vou reclamar mesmo….! Ah Ah Ah! Aproveita bastante ai cara.

  2. Conta logo que a mala era sem alca e que as “mocas” eram, na verdade, “duas negonas”. Nao era isso que queria dizer? heheheh…

    Mas depois desse texto eu dou inicio ao movimento “Abre o seu blog, Quint!”

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