Paris: Pedal de vélo, Sacré-Coeur, Café des Deux Moulins e os Jardins do Luxemburgo

O nosso segundo dia útil na Cidade Luz foi marcado por duras pedaladas. No dia anterior eu havia combinado com a Flávia, uma amiga de Goiânia que mora e estuda em Paris, de nos encontrar e dar um rolé pela cidade para visitar outros pontos que ainda não tínhamos conhecido. No telefone ela já adiantou que íamos conhecer o sistema público de locações de bicicletas.

Pedal em Paris - Velibe

Foto: MarkA (CC BY-NC-SA 2.0)

Nada mal! Turista sempre topa tudo, já perceberam? E no dia seguinte encontramos com ela na estação Concorde do metrô e lá fomos nós pegarmos as nossas magrelas. O sistema de locação de bikes da Prefeitura de Paris a primeira vista é complicado, ainda mais qdo as instruções estão todas em francês, mas nada que alguns cartões de crédito sendo recusados a todo instante, forçando vc a refazer todo o procedimento, não faça vc aprender. A cada 300 metros vc topa com uma estação e nessas estações há, além das magrelas, um totem automático de atendimento. Para os turistas é solicitado uma caução de 150 euros como garantia de que vc não vá sumir com a bicicleta ou largá-la em qualquer lugar. E essa caução é feita com o cartão de crédito. E não é nada incomum os cartões brasileiros não passarem nessas maquininhas. No nosso caso, o meu foi o único que passou e por isso fui eleito – por livre e espontânea pressão – a ter 450 euros presos do limite até a devolução. =)

O custo dessa locação é de 1 euro por dia, desde que vc pare a cada 20 minutos em uma das estações e faça uma espécie de “check-out/check-in”. Caso contrário eles vão cobrando 1 euro a cada fração de 20 minutos. Já pra quem é residente, existe um passe anual que sai por 29 euros, porém com a mesma condição de a cada 20 minutos ter que pedir “a benção” em uma estação.Eu já tinha feito um passeio de bike por Buenos Aires e ficado impressionado com o fato das bicicletas transitarem tranquilamente no trânsito movimentado e ainda serem respeitadas. Em Paris é ainda mais civilizado, já que há ciclovias e quando não há, é liberado o trânsito pelas faixas exclusivas para ônibus. Porém, o ciclista tem que respeitar pra ser respeitado. É obrigatório parar em todos os sinais vermelhos, respeitar as faixas de pedestres e não andar pelas calçadas. Já postei um vídeo do nosso tour de bicicleta. Para quem não viu ainda, está neste post.

E de “vélo” fomos a Basílica de Sacré-Coeur. É claro que não subimos aquele morrão com elas, deixamos em uma estação no “pé da serra” e seguimos a pé. A vista da cidade lá de cima é impressionante e lembra muito o que era mostrado no filme de Amélie Poulain. Vejam a foto panorâmica que eu fiz com a ajuda do Panorama Maker:


E abaixo somos nós na “Sacrecré”. Essa foi a última foto que tiramos, antes que eu esquecesse a câmera do Quint em uma loja de souvenirs no alto do morro e ter que voltar morro acima, me borrando de medo, de terem roubado ou de não estar lá. Mas para o meu alívio, estava em um lugar de gente civilizada que achou a câmera e guardou esperando que alguém voltasse. =)

Depois do susto, fomos conhecer o bar da Amélie Poulain (Café des Deux Moulins). Quem assistiu o filme deve lembrar bem dele. Sentamos com a intenção de pedir ao menos um café (de 4 a 5 euros) e tirar algumas fotos. As fotos foram tiradas e nada de alguém vir nos atender. Ao fundo dá até pra ver dois garçons papeando. Aproveitamos e saímos à francesa! =)

Pegamos novamente as “vélos” e fomos para um dos vários restaurantes universitários de Paris que a Flávia nos levou com promessa de comida boa pela bagatela de 2,80 euros. E não é que era verdade? Comemos muito bem! E foi o primeiro lugar na Europa que encontrei coca-cola por 1 euro. Nadamos de braçada!

Depois disso fomos para os Jardins do Luxemburgo e ficamos por lá “calangando”. O lugar é muito bonito, tranquilo e transmite um paz fora do normal. Reduto de estudantes, famílias, pessoas colocando suas leituras em dia e turistas como nós.

O cansaço já batia forte e tudo que queríamos era voltar pro Albergue e descansar. Mas tínhamos acertado com a Flávia de encontrá-la novamente no final da tarde na Catedral de Saint Michel. De lá pegamos novamente as bicicletas, a contragosto, já que todos estávamos cansadíssimos, e fomos dar o rolé final pela cidade, passando pelas ruas estreitas do bairro de Marais até parar em um bar cubano no bairro de Bastille. E assim terminou a nossa estada por Paris, bebendo e sentado em uma mesa de bar.

No dia seguinte, eu e Quint acordamos cedo, despedimos do Cléber e rumamos para a estação Gare du Nord para pegarmos o trem para Amsterdã. Cléber ficou em Paris e no dia seguinte rumou para o interior da França onde encontraria com uma amiga. Valeu demais esses três dias em Paris. Aliás, algo que não disse ainda: “Ô povo bonito!” As mulheres são lindas e elegantes até no metrô. Impressionante! Adorei a cidade e a incluo, tranquilamente e novamente, em um próximo tour pela Europa. Só que com maior disponibilidade de tempo. Vou deixar aqui a recomendação de um guia mais completo de Paris

É isso! Próximo capítulo: Amsterdã

Au revoir!



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Comentários

  1. Ê trem bão, em?

    Ó, eu não gostei dessa coisa de pedir bença a cada 20 minutos. Eu entendi que é pra galera não ficar “segurando” as bikes, mas deve ser bem chato, né não?

    Só por isso que eu não vou mais pra Paris..

    ..
    NOT!

  2. Pingback: Across the Universe | Amsterdã, a cidade onde tudo é permitido - Across the Universe

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